29 de julho de 2011

Bolo de Manteiga


Um dia destes andava eu de volta do frigorífico quando me deparo com um pedaço de margarina perdido dentro da caixa onde a guardo.

Assim que a vi lembrei-me logo do Bolo de Manteiga que a minha mãe fazia.

É estranho falar em manteiga e usar margarina, mas de facto a receita é elaborada com margarina, no entanto podemos sempre usar a manteiga.

Coincidindo com este "encontro" era sábado e os meus filhotes tinham chegado na véspera de umas férias com os avós maternos e para variar alguêm já reclamava por um bolinho da mamã.

Foi este o mote para a receita que vos trago hoje, uma receita simples e muito saborosa.


BOLO DE MANTEIGA

Ingredientes:
1 Chávena de Chá com Margarina
1 Chávena e 1/2 de Chá com Acúcar
3 Ovos
Raspa de 1 Laranja
1 Chávena de Chá com Leite
2 Chávenas de Chá com Farinha

Preparação:
Liga-se previamente o forno a 180º.
Separam-se em duas taças as gemas das claras, batendo de seguida as claras em castelo, reservando-as.
De seguida bate-se as gemas com a margarina (derretida), o açúcar e a raspa de laranja.
Depois de bem batido, junta-se aos poucos o leite batendo sem parar.
Depois de tudo bem ligado adiciona-se a farinha.
Liga-se na massa, com uma vara de arames, as claras em castelo,   deitando-as aos poucos.
Por fim deita-se em forma rectangular, untada com margarina e polvilhada com farinha.
Leva-se ao forno a 180º aproximadamente 40min.

Fica o bolo muito fofo e sem ser enjoativo, pois as raspas de laranja cortam o sabor intenso da margarina.

Deliciem-se! 

19 de julho de 2011

8 Anos!

E já se passaram 8 anos!

Fez sexta-feira passada 8 anos que a minha vida mudou para sempre!

Era dia 3 de Julho de 2003, quando nessa manhã me dirigi ao serviço de consultas da Maternidade Alfredo da Costa para mais uma consulta de rotina, da minha tão vigiada gravidez gemelar.

Foi nesta manhã que a minha vida começou a mudar, pois na sequência de uma ecografia, tive conhecimento que algo não corria bem, aquando me perguntaram se eu tinha tido alguma hemorragia tipo urina. Como era de esperar disse que não pois se isso tivesse acontecido o passo seguinte seria a urgência. Aí tremi, logo após fiquei em estado de "choque", quando me dizem que uma das bolsas quase não tinha líquido amniótico e que iria ficar internada para observação mas que me convencesse que o internamento seria até ao final da gravidez. Nesta altura faltavam precisamente 2 meses.

Claro que a primeira reacção foi emocional, mas já depois na enfermaria e de entender o que estava em causa, que em poucas horas me mentalizei que iria fazer daquele espaço, a minha casa até ao mês de Setembro data em que estava previsto o parto.
Naquele momento o mais importante era levar gravidez até ao fim o mais tranquilamente possível e isso só seria possível, ficando o máximo de tempo em repouso e sobre vigilância clínica, para avaliar o evoluir da bolsa de um dos bébes.

Passadas 8 dias, mais precisamente uma sexta-feira dia 11 de Julho, fiquei a saber que não tinha havido evolução e que iriam antecipar o parto para a semana seguinte sendo desta forma um parto por cesariana.
Neste momento, tive o segundo choque, pois não conseguia aceitar que os meus filhos iriam nascer prematuros, pois eu tinha conhecimento do que isso era apesar de nunca ter passado pela experiência.
Não foi fácil aceitar mas tive que ultrapassar!

Assim foi, na manhã de 15 de Julho, nasceram os meus primeiros filhos, o Diogo e o João, com um intervalo de 2min entre cada um.  O primeiro a nascer foi o Diogo 
Estava decidido que o bébe mais gordinho seria o João (1,9Kg) e o outro seria o Diogo (1,5Kg).
Escusado será dizer, que com este peso foram ambos para  Unidade de Neonatologia da Maternidade Alfredo da Costa e aí viveram durante aproximadamente 2 meses e daqui fiz a minha segunda casa durante o tempo que eles tiveram internados.

Deixo aqui, desde já, um profundo agradecimento a todos aqueles (médicos, enfermeiros, auxiliares), que trataram, cuidaram, olharam, mimaram e amaram os meus filhos durante cada segundo daqueles dias.

E foi desde esse dia que tudo mudou.  Nesse dia nasceram os meus primeiros filhos e nasceu uma nova Susana, agora mãe.

No dia 19 de Julho, o dia da minha alta,  foi um dia muito duro pois tive enfrentar o facto de ir para casa sozinha para enfrentar os meses seguintes sem eles comigo.

Não vou aqui descrever esses 2 meses, pois iria "desarrumar" um leque de emoções que estão muito bem guardados e conservados, mas posso dizer que foi um processo longo, entre unidades de cuidados intensivos e intermédios, onde fundamentalmente se aprende tudo e reaprende a viver.

Foi uma lição de vida, foi uma aprendizagem. Apesar de não terem sido os momentos mais felizes da minha vida, posso garantir que foi uma experiência de vida que me deu uma grande lição e que me fez crescer, transformando-me numa pessoa mais segura e emocionalmente mais controlada.

Na última semana de Agosto, teve alta o meu filho João! Aí foi mais um dos momentos dolorosos em todo este processo, pois só pude levar um para casa, o que de facto foi emocionalmente complicado e fisicamente dificil de gerir, pois tinha de me dividir 24H entre a nossa casa e a MAC, uma semana mais tarde veio o meu filhote Diogo.

Desde o dia em que o meu Diogo veio para casa, que se iniciou a segunda longa batalha.
Foi a bolsa dele que perdeu o líquido amniótico que veio provocar o que hoje ele tem - Atraso de Desenvolvimento Psico-Motor Global (ADPMG).

Desde então que batalhamos diariamente para que qualquer um deles tenha um crescimento saudável, incidindo esta preocupação no Diogo, que para crescer necessita de triplicados cuidados.
Talvez um dia partilhe convosco.

Mas de facto estes anos, apesar de dolorosos, de muita luta, de muita terapêutica e de muitas más experiências (antes não passasse por elas...) me tornaram numa outra pessoa com capacidades que eu própria desconhecia e com uma força que nem eu própria sei onde fui buscar.
Tudo tem um lado bom e um lado mau, basta conseguri gerir o lado mau e abraçar todos os lados bons que a vida acaba por passar por nós com menos sofrimento.

Eu costumo dizer: "Aceitar, aceitar de facto não aceitei, mas aprendi a saber viver com isso!"

Aqui ficam os meus PARABÉNS aos meus filhotes gêmeos que me têm dado uma grande lição!

Com isto termino com um bolo!, como não poderia deixar de ser!

4 de julho de 2011

Triplo de "Cupcakes"


Esta semana que passou estive de férias com a pequenada! Eram 6 ao todo, os meus 3 mais 3 sobrinhos! FOI A LOCURA! 

Nesta altura do ano os meus pais têm sempre 2 semanas de férias num apartamento em terras algarvias e como é costume, de há muitos anos para cá, levam sempre os netos.

Começou por ser só uma neta, a que fez 18 anos em Maio, depois surgiram mais 3 rapazes num ano só e lá foram eles, aí já acompanhados por 2 filhas (eu e uma das minhas irmãs). Entretanto 3 anos depois veio o quinto neto e tudo se manteve, 2 anos depois vieram novamente mais 2 e nada se alterou.

A única diferença, ao longo desde últimos 8 anos, é que deixaram de poder estar sozinhos com todos pois já nem num carro de 7 lugares cabem, o que torna complicado a estada deles sozinhos, assim como passou a ser complicado estarmos as duas irmãs com eles, por falta de camas!!!
Assim pássamos a dividr férias, a primeira semana vou eu com os meus pais e a segunda vai uma das minhas irmãs, a I. com eles, a outra mana, a J., prefere não ir e entrega a 100% os seus rebentos e nós cuidamos deles como se fossem nossos. Tudo se resolve bem!

Este ano, para não variar, lá fui eu a primeira semana.

Sabendo que a pequenada, com a brincadeira e a correria, desgasta muita energia o que implica num aumento do apetite resolvi pôr mãos à obra e fazer algo que eles gostam muito e fácil de transportar e principalmente de comer - os "Cupcakes", mas sem cobertura.

Para não enjoarem resolvi fazer 3 tipos: baunilha, chocolate e baunilha recheados de doce de framboesa.
  
Adoraram, era comer e pedir mais, os de framboesa não foram muito requisitados pelos mais novos, mas o que vale é que há sempre um adulto, neste caso o avó, que acaba por os comer.
Posso dizer que os 60 cupcakes (20 de cada) que fiz foram um sucesso.

Deixo aqui as 3 receitas para experimentarem.

Qualquer uma das receitas foi retirada do mesmo livro, sendo ele alusivo exclusivamente a Cupcakes: "200 Receitas Cupcakes", da Dorling Kindersley - Civilização, Editores, Lda, tendo feito adaptações pontuais em ambas.



Cupcakes de Baunilha
INGREDIENTES:
150gr de Manteiga, ligeiramente salgada, amolecida
150gr de açúcar granulado fino
175gr de farinha com fermento
3 ovos
1 colher de chá de essência de baunilha

Cupcakes de Chocolate
INGREDIENTES:
125gr de Manteiga, ligeiramente salgada, amolecida
150gr de açúcar amarelo
2 ovos
100gr de farinha com fermento
50gr de cacau em pó
1/2 colher de chá de fermento em pó 

Cupcakes com Doce de Framboesa
INGREDIENTES:
150gr de Manteiga, ligeiramente salgada, amolecida
75gr de açúcar granulado fino
75gr de doce de framboesa 
2 ovos
175gr de farinha com fermento
1/2 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de essência de baunilha  
  
PREPARAÇÃO:
Pré aqueça o forno a 180º
Disponha forma de papel ou de alumínio, num tabuleiro para queques ou posicione formas de silicone num tabuleiro de ir ao forno.
Coloque numa taça todos os ingredientes, pela ordem apresentada, e bata com a batedeira eléctrica durante 1-2min, até obter uma mistura leve e cremosa.
Com a ajuda de duas colheres de sopa, disponha a mistura nas formas de papel ou silicone.
A quantidade a colocar em cada forma depende da dimensão da forma, tem de garantir que não ficam cheias, uma vez que o cupcake cresce muito e pode ir por fora. Para as minhas formas foi suficiente uma colher de sopa bem cheia.
Depois das forminhas cheias, leve ao forno à mesma temperatura durante cerca de 20min, ou até terem crescido e estarem firmes ao toque.
Depois de prontos, transfira-os para uma grelha de metal para arrefecerem.

NOTA: 
As quantidades de cupcakes variam conforme a dimensão das formas.
No livro indicam que a mistura dá para 12 unidades, mas de facto com as minhas formas deu para 20.

 
DELICIEM-SE!

BOAS FÉRIAS

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